segunda-feira, 29 de outubro de 2012

HORA DE INVERNO!

A hora de inverno, que "coincide com o tempo universal coordenado (UTC) no período compreendido entre a 1 hora UTC do último domingo de Outubro e a 1 hora UTC do último domingo de Março seguinte", é a que mais se aproxima da hora solar, no entanto, é também aquela que mais transtornos me provoca. O meu relógio biológico lida muito mal com a hora de inverno. Não vale a pena virem-me com inconvenientes de natureza ambiental, de redução de consumos de energia eléctrica ou de perturbações do sono que eu não consigo entender, a menos que alguém me demonstre por A+B que tudo isso é verdadeiro.
O Observatório Astronómico de Lisboa (OAL) é a entidade que em Portugal tem por missão tratar, de forma cientifica, da Hora Legal. 
Quando quiserem usar de rigor na hora (legal) basta consultar o sitio web do OAL!...
A partir de agora e até finais de Março do próximo ano pedalar ... apenas ao Domingo, não obstante ser a época do ano em que mais gosto de o fazer!...
Ontem, já regulados pela hora de inverno, lá fomos para mais uma voltinha domingueira.
Dia espectacular para a pratica da modalidade. A temperatura matinal ainda provocou alguns arrepios de frio, mas depois a coisa ajeitou-se e ainda deu para sacudir o suor!...
Devo confessar que quando saí de casa não tinha ainda um projecto de percurso em mente. A ideia do Penedo Durão surgiu depois do encontro para o café matinal.
Pelo que foi um pouco de navegação à vista...
Já não íamos ao Penedo Durão desde Março passado, época das "Amendoeiras" (pode ver aqui essa voltinha).
A saída de Figueira aconteceu pelos Ataúdes - lado nascente, com atravessamento da Ribeira de Aguiar, em direcção a Mata de Lobos, onde fomos de encontro ao trilho que efectuámos na semana passada e que nos haveria de levar até ao Penedo Durão, por Barca de Alva.
A passagem para a margem direita do Douro foi pela Ponte Sarmento Rodrigues, em direcção à estrada do Cândedo e daí até à aldeia de Poiares, pela Calçada de Alpajares, que trepámos, para uma visita ao Penedo Durão, que é tão só o mais espectacular miradouro que eu conheço. De regresso, descemos, novamente a Poiares, onde, sem que nada o fizesse prever, encontrámos o Pedro Alcides "Contador", que andava por ali à caça e a quem "cravámos" umas "bejecas". A descida foi feita pela Calçada da Sant'ana.
Cerca de 80 Km de puro e duro btt, não obstante os últimos 20 Km serem feitos em asfalto, o que não estava previsto, mas como o Hugo já vinha manifestando acentuados sintomas de fadiga física lá teve que ser!
Teve sorte este amigo do Condesso, pois o que estava previsto era, desde Barca de Alva, subir pelo S. Cibrão, até aos Picões, tal como na passada semana...
Pois é amigo Hugo, parafraseado o Luís (chapeiro) isto não é como começa é, antes, como termina!
Não obstante a "tareia" que levaste espero que te tenhas divertido, tanto quanto os restantes, pois coube-te em sorte um dos trilhos mais espectaculares que fazemos por aqui.

Algumas imagens da "voltinha" ontem:

(Chegando a Mata de Lobos)

(O Penedo Durão visto de Mata de Lobos)


 (Aproximando-nos de Escalhão)

(Paisagem típica das "arribas")

(Ao fundo, na linha do horizonte, o Penedo Durão observado desde Escalhão)

(No alto da Sapinha, por espectacular descida)

(Junto ao rio Águeda, na quinta da Fronteira)


(Foz do Águeda, em Barca de Alva - Reparem nas águas turvas na junção dos rios)

(tirando uma "bucha" à beira da estrada)


(Pormenor de entrada na quinta de Alva)

(Próximo da calçada de Alpajares)


("Figos do diabo")



(Há quanto tempo não sentiam este prazer nos pés!...)

(Na calçada de Alpajares)

(Vale da ribeira do Mosteiro)

(Trepando a calçada de Alpajares)






(Barca de Alva e o Douro fotografados desde a calçada de Alpajares)

(A aldeia de Poiares)



(Em direcção ao Penedo Durão)

(No Penedo Durão)

 (Barragem de Saucelle fotografada do Penedo Durão)

 (Grifo - Vale a pena perder meia hora a apreciar estas imponentes aves que habitam nas escarpas do penedo)





 (O grupo no miradouro)

(A aldeia espanhola de Saucelle, do outro lado do Penedo Durão)

(Castelo Rodrigo e Serra da Marofa, vistos do Penedo Durão)


(Paisagem "lunar")


(Descendo a calçada da Sant'Ana)

 (Penando pela Calçada da Santana)


(Moinhos, ou o que resta deles, junto à Ribeira do Mosteiro)


 (Foz do Águeda)

 (Barca de Alva)

(Vista sobre Barca de Alva desde o alto da Sapinha - EN 221)


Os "carunchos" do dia foram quatro:

Carlos Gonçalves
Tó Condesso
Luís Santos (Chapeiro, para os amigos)
Hugo, (Intruso, que veio desde Vilar Formoso com o Condesso)

Resumo do dia:

Distancia percorrida: +/- 80 Km
Acumulado ascendente: 1827 m
Acumulado descendente: 1782 m
Velocidade média: 14 km/h

Altimetria:















Pode visualizar ou descarregar a Galeria de imagens aqui
Pode visualizar ou descarregar o TRACK do percurso aqui


P.S. Enquanto nós andávamos pelas "arribas" o Ninja e o Tiago Pena foram aquecer os músculos para a "Maratona Extreme Serra da Estrela" e onde o "Ninja" fez um brilharete ao conseguir o 3.º lugar na Extreme (80 Km) em 4,38 Horas e o Tiago, mais comedido, que se ficou pelo 13.º lugar, na Race (40 Km), com um tempo de 3,35 horas.

Deixo duas imagens dos "artistas" que extraí daqui


(O "Ninja")


(O Tiago - Numa pausa, aquecendo o esqueleto ao sol!...)

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

EUREKA - BEM VINDOS À UNIÃO EUROPEIA!

O concelho de Figueira de Castelo Rodrigo tem cerca de 514 Km2 de área e é delimitado a norte pelo rio Douro, a nascente pelo rio Águeda e a poente pelo rio Côa, o que faz com que seja quase obrigatório, nas nossas "voltinhas", lavar sempre os pés num  destes cursos de água.
A paisagem do Coa e do Águeda é bastante similar: Afloramentos graníticos e declives extremamente acentuados, onde predominam a oliveira, a amendoeira e, bem junto à foz de ambos, a vinha.
A esses declives extremamente acentuados as gentes daqui chamam "arribas" quando se referem às escarpas do Águeda e "ladeiras" quando se referem às do Côa.
Ontem andámos pelas "arribas". 
E que volta nós fizemos. 
O dia esteve perfeito para a pratica da modalidade: Céu limpo, temperatura bem perto dos 20 graus. e seguramente bem superior quando chegámos a Barca de Alva. Os trilhos estavam espectaculares, mercê das chuvadas (de outono) dos dias anteriores.
O objectivo principal era fazer Figueira\Barca de Alva\Figueira pela margem esquerda do rio Águeda, até Barca de Alva, subindo depois pelo S. Cibrão até aos Picões e daqui até Escalhão, evitando ao máximo o alcatrão. 
Com este objectivo em mente, iniciámos o percurso em direcção a sul, pela EN 221, contornando Castelo Rodrigo pelo seu lado mais soalheiro, progredindo até Vermiosa, Almofala, Mata de Lobos, Escalhão e Barca de Alva.
Em Barca de Alva uma pausa para hidratação e reposição de energias.
Ficámos com mais um espectacular percurso até Barca de Alva. (Na Quinta da Fronteira, antes de Barca de Alva e bem junto ao Águeda, ainda precisa de uns ajustes pois tivemos que "pular" a cerca, mas de futuro irá constituir uma excelente alternativa aos "Picões").
Como pedalávamos bem junto à linha de fronteira, em zona de conflito entre as redes espanhola e portuguesa, os telemóveis eram constantemente bombardeados com SMS: "Bem vindo à união europeia".
Viva a união europeia. Viva a Espanha, carago!...
É certo que este cantinho só é português graças à cegueira do nosso D. Dinis que o surripiou aos castelhanos pelo Tratado de Alcanizes!... 
Isto, por certo, deve ser assim como que uma espécie de Andorra da tanga!...


Algumas imagens deste espectacular percurso:

(Saindo de Figueira, pela E.N. 221, junto à Sra. da Conceição)






(Entrando nos limites da freguesia de Vermiosa, ao fundo)


(As cores quentes do Outono - Vermiosa)

(A albufeira de Stª Mª de Aguiar, com Castelo Rodrigo ao fundo)

(Entre vinhedos - A caminho de Almofala)

(Cruzeiro do Roquilho - Almofala)

(As "arribas" do Águeda)


(Castelo Rodrigo e serras da Marofa e Vieira, com Figueira do lado direito)

(Troço de calçada portuguesa, junto a Mata de Lobos)

(Cruzeiro, junto a Mata de Lobos)

Nota: Estas manifestações de culto indicam-nos que estamos na presença de um "Caminho de Santiago". Estão presentes em toda a linha de fronteira e parecem direccionar-nos sempre até Castelo Rodrigo.

(Fonte Nova - Mata de Lobos)

(Paisagem, onde ja é possível visualizar o Penedo Durão)

(Paisagem típica)

(Ao fundo já se consegue distinguir o Penedo Durão)


(La Fregeneda, com o Penedo Durão ao fundo)


(Chegando a Escalhão)

(Transpondo um obstáculo)

(Vinhas, junto a Escalhão)

(Pelo caminho do Vau - Escalhão)

(Os pombais são parte integrante da paisagem)

(Este belo quadro foi pintado do alto da Sapinha - Escalhão)

(Nos domínios da Quinta da Fronteira, bem junto do Águeda)

(Romãs - Quinta da Fronteira - Barca de Alva)

(Adivinhem o que estavam a fazer estes dois marmanjos)


(Apanha da azeitona - para conserva)

(Azeitona para a "água" - como se diz por aqui)


(Azeitonas - Variedade negrinha)

(Pulando da cerca da Quinta da Fronteira)


(Saindo de Barca de Alva - pela margem esquerda do rio Douro)

(Barca de Alva - Ponte Sarmento Rodrigues)


(Rio Douro, em Barca de Alva)


(Marcas de outros tempos - Património Nacional - Km 198,617 da Linha do Douro)


(Quinta do Silho)

(Monte do Castelo - Ainda havemos de lá chegar este ano!...)


(Banco de jardim, junto à Igreja matriz de Escalhão)


(Os "cotas" em Escalhão, junto à rotunda)


(Em direcção à "ribeira")

 
Resumo do dia:

Distancia percorrida: 74,2 Km
Acumulado ascendente: 1485 m
Acumulado descendente: 1443 m
Velocidade média: 14 Km/h

Altimetria:














Pode visualizar ou descarregar o TRACK aqui