terça-feira, 24 de setembro de 2013

Maratona Cidade de Pinhel 2013

Pelo segundo ano consecutivo participei nesta "Maratona". 
Abortada a ida ao "Mondeguinho" por falta de potenciais interessados (campanha eleitoral) lá fiz tardia inscrição para este evento, uma organização conjunta da Falcão EM\Município de Pinhel
Em jeito de rescaldo direi que, contrariamente à organização do ano passado. quase tudo esteve perfeito. Desde a selecção dos percursos, passando pelas marcações e pessoal de apoio, especialmente junto aos pontos de intercepção com as estradas.
Reparos apenas aos reforços alimentares e pontos de água. O primeiro aconteceu apenas ao Km 25, na aldeia de Cerejo e bastante pobrezinho. Depois, os restantes muito próximos uns dos outros. O que é certo é que terminei a acusar a falta de água no "bidon". Valeu-me um bombeiro "amigo" que me cedeu metade da sua água (1\2 garrafa de 0,25 cl) quando ainda faltavam 7 Km para chegar à zona da meta.
Se na edição do ano passado o pessoal de Figueira se fez representar de forma maciça, este ano contou apenas com a presença de cinco elementos: Contando comigo, participou o Carlos Russo, Pedro Fresta, Tó Bastos e o Pedro Almeida, que está agora a fazer a recruta, depois de ter investido uns €€€ numa forte 29er.
Como a "volta" se desenrolava aqui no "quintal" do vizinho, saí de casa já passavam largos minutos das 8,00 horas, tendo por companhia do Pedro Fresta, que ultimamente tem andado arredado destas lides.
Próximo das 9,00 horas efectuei o pagamento da inscrição e levantei o dorsal que me havia sido atribuído.
De seguida fui procurar "companhia" para o percurso. A vitima acabou por ser um velho companheiro de pedal: O João Marujo que não mais larguei e o Tó Bastos até optar pela Meia-Maratona.
Realce também para a pontualidade da partida: 9,30 horas, conforme constava do Regulamento do evento, onde estariam cerca de 150 praticantes da modalidade..

Este ano a Organização disponibilizou três variantes ao percurso, tendo eu optado pelo mais longo.

Maratona
60km | Dificuldade Média / Alta
Pinhel – Bogalhal – Azêvo – Santa Eufêmia – Pala / Reigadinha – Ervas Tenras – Cerejo – Prados – Quinta dos Ferreiros – Souropires – Pinhel


 Meia-Maratona
40km | Dificuldade Média
Pinhel – Bogalhal – Azêvo – Santa Eufêmia – Pala – Pinhel


 Mini-Maratona
13,5km | Dificuldade Baixa
Pinhel –Valbom – Pinhel


Tal como referi anteriormente a marcação do percurso esteve exemplar. Como exemplar esteve a selecção do trajecto. Então aquele "rock garden" imediatamente antes de chegar ao Bogalhal esteve sublime e com direito a calorosa recepção e aonde acabei por tropeçar na Maria de Jesus (a eterna menina Maria, como carinhosamente todos a chamamos), colega que muito prezo.
Sublime também a vista sobre as "ruínas pardacentas" da fantasmagorica "Aldeia" velha de Azevo, de onde se obtém vista privilegiada sobre o Vale do Coa e Serras da Marofa e S. Marcos, limite do vizinho concelho de Figueira.
Destaque também para a "Ponte Pedrinha", de matriz romana, sobre a ribeira do Massueime, já nas proximidades de Cerejo.
O percurso viria a revelar-se extremamente rolante, pois, apesar das paragens, pelas 13,40 horas já estávamos junto da Meta instalada no Pavilhão Multiusos.
Destaque ainda para os muitos furos que fomos encontrando ao longo de todo o percurso.
O almoço\convívio foi na "Residência" de estudantes (julgo que antigo Paço episcopal???) onde fomos muito bem atendidos e melhor servidos.
Para o ano que vem lá estaremos a marcar presença de certeza.

Algumas imagens:

(Pormenor da recepção)

(Aspecto geral da partida)

(Chegando ao Bogalhal)

(Grupo de apoiantes na aldeia de Bogalhal)

(Vista geral da "Aldeia" velha de Azevo)

(Capela de Santo Antão, Azevo, com a "Aldeia" lá ao fundo)


(Sempre em boa companhia!...)

(O "ponta de lança" Carlos Russo em acção)

(No primeiro reabastecimento, em Cerejo)


(Deliciosas as ameixas que nos foram servidas em Cerejo!)





(Dorsal 131)

Resumo do dia:

Distancia percorrida: 60,4 Km
Acumulado ascendente: 1222 m
Acumulado descendente: 1203 m
Velocidade média em movimento: 16 Km/h
Tempo total: 3,40 horas, que inclui paragens de cerca de 30 minutos


Gráfico de altimetria:
 O Percurso por ser visualizado ou descarregado aqui

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

III ROTA DAS VINDIMAS

Antes de mais devo referir que só hoje me senti preparado fisicamente para fazer este "post". 
É que regressei de Vila Nova de Foz Côa com um daqueles empenos...
A ideia que esteve na génese da participação neste evento era trazer de lá o presunto que nos tinha ficado "atravessado" desde o ano passado!...

De Figueira saiu numeroso grupo:

                    Carlos Gonçalves
                    Tó Condesso
                    Pedro Tondela
                    Carlos Russo 
                    David Paredes
                    João Quadrado
                    Ana Correia
                    Carina Nunes

Havia mais participantes inscritos. Uns pura e simplesmente não apareceram e outros ... esqueceram-se!

Quanto à Rota das Vindimas:
Depois de ter terminado a minha participação fiquei com a sensação de que os organizadores deveriam, previamente, ter-nos fornecido um roteiro. Não um desses roteiros convencionais, mas sim um roteiro que nos explicasse a profusão de sensações, cheiros, cores e sei lá que mais.
 Paisagens únicas, locais paradisíacos, aldeias que, observadas de longe, mais pareciam quadros de arte naíf, os novos vinhedos e, sobretudo, o rio como nunca o tinha visto.
Esta "voltinha" valeu cada gota de suor que transpirei. E foram muitas, pois esteve um daqueles típicos dias de Verão, com temperaturas bem acima dos 30 ºC.
A "rapaziada" de Vila Nova de Foz Coa preparou-nos um evento a que atribuirei nota máxima.
Muito exigente em termos físicos, muito bem seleccionado, com boa sinalização (cal e fitas), reabastecimentos e pontos de água bem escalonados.
Uma nota mais para o pessoal de apoio que se excedeu, em muito, para que nada, mas mesmo nada, faltasse aos participantes. 
Não quero que os potenciais leitores pensem  que este foi o passeio perfeito. Não foi, mas andou lá perto. Alguns reparos, que só exercerei em privado pois nunca se deve dizer mal (em publico) dos amigos!...
Concentração junto ao Gimnodesportivo e partida pouco passaria das 9,00 horas. 
Estariam presentes cerca de 80 participantes, que bem cedo tiveram que optar por uma das três propostas apresentadas: Passeio, com +/- 23 Km, de dificuldade baixa e pelo qual optaram as nossas "meninas". Meia Maratona, com +/- 43 Km, pela qual optou a grande maioria dos participantes e a Maratona, com uma extensão de +/- 60 Km e um acumulado ascendente de +/- 1800 m (1550 na versão da Organização), para os mais duros e por onde se aventuraram apenas 15 participantes (quatro de Figueira, outros tantos de Felgueiras, uma dupla de Aveiro, alguns de Vila Nova de Foz Côa e um atrevido miúdo da Touça\Vila Nova de Foz Côa que com apenas 14 anos se misturou com os veteranos).
Depois de uma "voltinha de cortesia" por algumas das ruas da cidade (sim, Foz Coa é cidade) o compacto pelotão flectiu ligeiramente a poente até acertar com o IP 2, que transpôs pela rotunda superior que dá acesso à EN 102 e onde se deu a primeira separação de percursos. Os que optaram pelo percurso mais curto (passeio com +/- 23 Km) tiveram que se separar do pelotão. Os restantes foram alongando por penosa subida até se cruzarem com a EN 222, um pouco antes de Freixo de Numão, até que por volta do Km 15 se deu nova separação e onde a grande maioria seguiu a indicação da Meia Maratona.
Da parte que me toca direi que a minha opção foi pelo percurso mais longo, para onde arrastei também o Tó Condesso.
Seguindo-se Sebadelhe, de encontro à Ribeira da Teja, com passagem pela Ponte da Zaralhôa, de arquitectura medieval (romana???) , rumo à Barragem do Catapereiro, cuja margem esquerda contornámos e onde estava instalado o 1.º reabastecimento do dia (cruzamento de Numão). 
Aqui uma pequena ressalva: Um bem haja muito especial p/ o pessoal de apoio pelas "bejecas", bem geladinhas que partilharam comigo e que me caíram que nem ginjas (isto não era para ser escrito!...)
Logo após a barragem a progressão deu-se por trilho paralelo à conduta e que a todos encantou, até à aldeia de Seixas. Paisagem inóspita  mas de grande beleza. Seguiu-se um sobe e desce até Murça (que não é a da porca) e Mós (do Douro) onde estava instalado o 2.º reabastecimento e se deu a junção dos dois percursos mais longos. A partir daqui a progressão foi de encontro ao rio Douro, por entre paisagens de cortar a respiração e onde também estava a parte mais complicada e alucinante da volta: Um brutal singletrack que nos haveria de levar até à margem esquerda do rio Douro, por entre pilares da ponte ferroviária e onde tivemos o prazer de nos cruzar, em simultâneo, com dois barcos - um de cruzeiro turístico e outro um imponente iate, com um comboio "grafitado" que com toda a calma do mundo seguia em direcção à estação do Pocinho, um pouco mais à nossa frente.
A paisagem continuava deslumbrante. 
As minhas pernas começaram, então, a dar os primeiros sinais de cansaço. A partir daqui foi sempre em gestão de esforço. 
A aldeia do Pocinho, e respectiva barragem, ali mesmo à nossa frente mais pareciam um quadro pintado de fresco. Como nunca as tinha visto.
Por entre vinhedos e largos estradões chegámos ao IP2 que transpusemos por passagem inferior até acertar com a EN 102 (Foz Coa\Pocinho), onde viríamos a encontrar uma "parede" que só apeados conseguimos fazer. Foi com este pequeno "brinde" que chegámos a Vila Nova de Foz Coa. 
Banho de água fria (por opção) e almoço em boa companhia.
Esta rapaziada de Foz Côa tornou-se perita na arte de bem receber. 
P/ o ano lá estaremos... p/ recolher mais um presunto! 
Domingo intenso e extremamente agradável, passado em muito boa companhia e onde me permiti a alguns excessos.

Nota: Houve entrega de troféus a que eu não assisti. Paciência!

Algumas imagens:


(A nossa linha avançada)
(As novas recrutas, Carina e Ana, com um equipamento altamente personalizado!)








(A ponte medieval da Zaralhõa)

(A "dupla" de Aveiro, depois da passagem pela ponte da Zaralhõa e que nos fez companhia por largos Km)


(No 1.º reabastecimento, onde recebemos ordens p/ fazer "cara" feia!...)


(Conduta da barragem do Catapereiro, ao lado da qual progredimos durante alguns Km)




(Aqui o Tó Condesso, depois da passagem pelo perigoso singletrack que nos levaria até aos pilares da ponte ferroviária)





(O comboio "grafitado")

(Se isto não parece um cenário de um filme do Zorro!...)

A barragem do Pocinho como nunca a tinha visto)


(Fazendo baixar um pouco a temperatura corporal!...)



(A moto "amiga" da organização, auxiliando um participante a superar a última "parede" do dia!)

(A "dupla" de Aveiro num espírito de entreajuda notável)

(Já no final da última "parede" do dia.  A parte inicial deveria ter uma inclinação na ordem dos 40%. Que p*** de subida!)

(O heroi do dia. Fez a maratona como gente grande!)

 (O grupo de Felgueiras que tivemos por companhia durante grande parte da maratona)


(Vista geral do salão onde foi servido o almoço\convívio)

(Entrega de troféus, com os lugares mais altos do pódio a serem preenchidos pelos nossos ponta de lança!...)

(Os nossos "mochileiros" arrecadando mais um valioso trofeu!)

Podem visualizar ou descarregar o Track da Maratona (e da meia maratona) aqui




(As meias personalizadas com que a organização nos brindou)


Resumo do dia:

Distancia percorrida: +\- 70 Km
Acumulado positivo: +\- 1800 m
Acumulado negativo: +\- 1780 m
Velocidade média: 14 Km\h

Gráfico de altimetria: