Até Barca de Alva seguimos pela
Sapinha, uma espécie de miradouro natural de onde se colhe vista privilegiada sobre
o Douro e a foz do Águeda, assim como dos recortes
rochosos que se prolongam desde a Ribeira do Mosteiro até ao Penedo Durão, por
onde mais tarde haveríamos de passar.
Pela EN 221, em direcção a Freixo de Espada Cinta, de encontro à estrada do Cândedo, paralela à Ribeira do Mosteiro, até alcançarmos a Calçada de Alpajares e o miradouro do Penedo Durão.
Localizado na margem direita do Douro Internacional, no concelho transmontano de Freixo de Espada à Cinta e a pouco mais de 2 Km a nascente da aldeia de Poiares, o miradouro do Penedo Durão parece um local abençoado pela natureza. Sobranceiro à barragem espanhola de Saucelle e à foz do rio Uebra, forma uma autêntica varanda sobre o Douro Internacional.
Do alto deste penhasco quartzítico o horizonte é largo, mas o que aqui sobressai é a colónia de grifos que, aproveitando as correntes de ar quente, nos vão brindando com voos rasantes, muitas das vezes num plano inferior à nossa localização e que nos permite visualizar o seu dorso e a plumagem acastanhada, bem como a sua grande envergadura.
Mais de 2 metros de amplitude de asa …
A progressão faz-se pela cumeada, no sentido poente, até alcançamos o “Assomadouro”.
O “Assomadouro” é um miradouro natural
que nos oferece uma vista inolvidável. Ao fundo Barca de Alva e o Douro, cuja
margem direita se nos apresentou em tons amarelos próprios do Outono. Mais
próximos a estrada do Cândedo, paralela à ribeira do Mosteiro e as quintas
durienses, onde prevalece a vinha.
De regresso a Poiares e à Estrada do Cândedo, que alcançámos pela calçada da Santana.
O vale estrutural da Ribeira do Mosteiro, com as suas extraordinárias dobras, alberga as calçadas de Alpajares ou do diabo e da Santana, que no seu conjunto formam uma das mais impressivas paisagens do PNDI - Parque Natural do Douro Internacional.
Até Figueira C. Rodrigo pela EN 221 em “gestão de esforço”!
“Voltinha” que no final do dia se viria a saldar em quase 83 Km, com uns simpáticos 2 100 m de acumulado ascendente.
A que terei ainda de adicionar
uma queda logo nos Km iniciais (2016 está a revelar-se um “annus horribilis”)
de que resultariam apenas danos materiais - capacete partido. É caso para dizer que a aventura, para mim, começou assim que transpus a porta de casa!...
P.S. Gosto de partilhar estes trilhos e no Domingo passado fi-lo com o Pedro Roque, Pedro Nuno, Pedro Tondela, João Batista, Luís Santos e Rui Sousa.
Algumas imagens:
(Alto da Sapinha)
(Calçada de Alpajares)
(Calçada da Santana)