quarta-feira, 24 de junho de 2015

Guarda - Mondeguinho - Guarda (2015)

A última vez que fiz esta "clássica" foi em Agosto de 2012.
No Domingo passado aconteceu mais até por insistência da rapaziada amiga, especialmente do Carlos Gabriel, que há já algum tempo vinha demonstrando enorme vontade (e impaciência) de calcorrear estes fabulosos trilhos.
Das edições já realizadas importa salientar que nunca conseguimos repetir o mesmo trajecto. Os pontos de interesse paisagístico e "bttistico" assim o iam ditando.
Esta "voltinha" nunca se consegue fazer com menos de 90 Km, para um acumulado de subida sempre acima dos 2 000 m, podendo mesmo ir além dos 100 Km, consoante a opção delineada.
No Domingo passado optámos por uma versão mais "soft", se é que se pode dizer tal coisa quando se pedala pelo coração da Serra da Estrela. Mas sem qualquer margem para dúvidas, que esta é a opção que apresenta um menor índice de dificuldade física. E como íamos, sobretudo, para desfrutar da bicicleta e da paisagem ...
É uma daquelas voltinhas à moda antiga: Saindo bem cedo de casa e chegando ao final do dia. De sol a sol, como eu ouso dizer. Mochila às costas com um bom farnel, pois a merenda nunca pesa!
Este primeiro dia do solstício de Verão, viria a apresentar-se extremamente abrasivo. Às 8,00 horas já os termómetros iam nos 29 ºC, que ao longo do dia se viriam a prolongar até um pouco acima dos 40 ºC.
Grupo bastante heterogéneo em termos de proveniência geográfica: Quatro de Figueira de Castelo Rodrigo, um de Vila Nova de Foz Coa, um de Torre de Moncorvo, dois de Mêda e três da Guarda. Em comum: Todos já conhecidos de outras andanças e a grande maioria amigos de "longas caminhadas".
Saindo da Guarda, em direcção a Vale de Estrela, pela carreira de tiro.
De Vale de Estrela até ao alto de Famalicão seguimos pela EN 18, onde apanhámos o trilho que nos haveria de conduzir até à mata do Fragusto e Azinha, de onde se obtém vista privilegiada sobre o Vale do Zêzere. Ao fundo a pista do Skiparque, Manteigas, Vale de Amoreira, Sameiro e, mais a poente, todo o Vale Glaciar.
Aqui se produzem muitas "fotos de capa" para as redes sociais!...
Na Cruz das Jugadas aproveitámos para abastecer de água.
Do programa constava um pequeno desvio pelo Gorgulhão, onde tínhamos prevista breve paragem para reposição de líquidos e sólidos, entretanto desaconselhada pelo Rui Melo devido à falta de água e de manutenção daquele espaço. 
O Gorgulhão é um espaço natural  constituído pela "casa do Guarda-Florestal" e por uma pequena área de lazer que inclui um circuito de manutenção, parque de merendas, um tanque\reservatório e nascente de água, rodeado por densa mata de resinosas, extremamente aprazível, com muita sombra, mas que se vem apresentando num estado de total abandono e acentuada degradação.
Até à Cruz das Jugadas foi um instante.
A partir daqui alguns problemas em controlar o ar na minha montada e na do Pedro Tondela!...
Depois foi trepar até à Pousada de S. Lourenço, Mondeguinho e "Ti' Branquinho" onde fizemos uma muito longa paragem para reposição de energias!
As "Sandes" da D. Judite intimidam todos aqueles que por ali poisam pela 1.ª vez!...
Alguns até se assustam!
E outros dizem que só se "entendem" com metade, mas ... "aviam" duas!
Pelo meio vai pintando aquele "clima" de boa disposição.
Da parte que me toca direi que ficava por lá até ao por-do-sol!
E foi até com alguma dificuldade que largámos aquelas cadeiras ...
No Malhão atingimos o ponto mais alto da volta: 1600 m.
Descida vertiginosa (e empoeirada) até ao alto de Folgosinho, com passagem pela "Cabeça do Faraó" e Videmonte, com as ruas parcialmente ocupadas com a feira anual e onde fizemos uma simpática paragem para hidratação.
Após Videmonte e por sugestão do Pedro Quelhas decidimos largar o alcatrão e seguir pela margem direita do Mondego até ao açude da barragem do Caldeirão e daqui até à ponte do Ribas, que ainda não conhecia. Este trecho do rio é, de facto, lindíssimo mas a violenta subida até aos Trinta deixou mazelas nas pernas,
Depois dos Trinta seguiu-se uma sucessão de pequenos singletracks que se haveriam de prolongar até à Corujeira.
No Caldeirão alguns foram a banhos.

Depois, sempre por alcatrão, foi penar a bem penar até à Guarda, finalizando na Praça Velha, junto à Sé Catedral.
Que me lembre foi a primeira vez que tal aconteceu.

Chegámos a casa por volta das 20,00 horas.
Têm dias assim!...

A barragem do Caldeirão, inserida na bacia hidrográfica do Mondego, assenta sobre o leito da ribeira com o mesmo nome, no entanto é abastecida com águas do Mondego que são retidas através de açude (antes mencionado) e desviadas por um canal subterrâneo até ao leito da albufeira da barragem.

Esta é uma daquelas típicas voltinhas de Verão.
Extremamente rolante e não muito exigente em termos técnicos e muitos pontos de água. Muita e fresca. Basta ir renovando a água da botelha em cada nascente\fontanário.
Imperdíveis são, nem poderia ser de outra forma, as "sandochas" da D. Judite, junto ao Mondeguinho!

Algumas fotos:






(Posto de vigia - Azinha)


(Azinha - Panorâmica - Foto de Carlos Gabriel)








(Mondeguinho - foto de Carlos Gabriel)


(As famosas "sandochas" do Ti' Branquinho)




(Casa dos Serviços Florestais - antigo celeiro)




(Malhão)










(Cabeça do Faraó)




(Açude da barragem do Caldeirão)




(Ponte do Ribas, sobre o Mondego)











Vídeo elaborado pelo Carlos Gabriel:




Gráfico de altimetria e resumo do dia:
















Nota: Podem visualizar ou descarregar o TRACK do percurso aqui


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