segunda-feira, 27 de junho de 2016

PRESUNTO E OVOS QUE O FILÃO ESTÁ A DAR!


Alimentou fortunas e ruínas, dinheiro fácil que rapidamente se esfumou.
Cada filão descoberto, nas entranhas da serra, era motivo para a expressão acima reproduzida e ainda hoje em uso.
Era pão e pedra.
Doença e ruína.
Alimentou a máquina de guerra da Alemanha nazi, em função de interesses opostos que António de Oliveira Salazar tão sabiamente impunha à neutralidade do País no decurso da II Guerra Mundial.
O de Moncorvo, dizia-se, era o mais puro do mundo.
Elemento químico que aparece na tabela periódica com o símbolo "W". Tungsténio.
Dito assim muito poucos o identificarão.
É conhecido no mundo rural como Volfrâmio.
Minas desactivadas à mais de três décadas.
Ficaram as memórias e todo um espólio patrimonial que o Município não está a saber aproveitar, como atractivo turístico de excelência.
Um grande “filão” inexplorado!
Já por aqui tinha andado noutras ocasiões e sempre encantado com o que me era proposto.
Mas no imaginário ficava sempre a pairar uma visita às galerias, nunca concretizada.
Sobretudo aos complexos de Cabeço da Mua, Reboredo e Carviçais.
Aconteceu ontem. Não foi bem o que tinha idealizado, mas andou lá muito perto.
Ficou a faltar uma incursão ao complexo do Cabeço da Mua, pois a entrada principal encontrámo-la completamente obstruída por silvas, que de forma ostensiva vão tomando como seu todo aquele fabuloso património.
 
Em Carviçais mais uma agradável surpresa: A lindíssima Fonte do Gil, que não conhecia.
Concluída em 1735, o seu nome fica a dever-se ao proprietário do terreno onde está implantada.
De estilo barroco jesuítico, localizada a cerca da 200 m a sul da povoação à qual se acede por calçada de acentuado declive, depois da Casa do Abade e caracteriza-se por possuir um chafariz, tanque e lavadouros de granito, com duas "bicas" cilíndricas saídas de artísticos florões, encimado por dois pináculos e cruz. Espaço agradável e aprazível onde reabastecemos.

Destaque, ainda, para a colónia de morcegos que nos foi dado observar (e desassossegar) nas galerias da mina do Lagar Velho.

Um grande bem-haja ao Rui Daniel pelo fabuloso dia de convívio que nos proporcionou.

Não posso deixar de mencionar o estado de degradação e abandono a que está votada a Ciclovia\Ecopista do Sabor, onde o desleixo e a falta de manutenção é total. 
Intransitável.
É certo que esta infra-estrutura, vocacionada para passeios cicloturisticos e pedonais, está implantada num meio que não favorece minimamente a sua intensa utilização.
Um mau investimento, a exemplo de tantos outros, pago com dinheiros públicos que merecia, em meu entender, um pouco mais de cuidado por parte do promotor.

O dia terminou com uma aprazível deslocação à Foz do Sabor, onde viríamos a desfrutar de uma amena tarde de Verão!

Em termos velocipédicos não foi dos dias mais produtivos. Cerca de 43 Km, para um acumulado de subida a rondar os 900 m. 

Algumas imagens:




(Torre de Moncorvo - Igreja Matriz)







 (Panorâmica sobre Felgar e a albufeira do Sabor)






(Festival Carviçais Rock - Pavilhão)


 (Reforço alimentar)


(onde não faltou um vinho branco, devidamente acondicionado!...)


 (Carviçais)


 (Fonte do Gil - Carviçais)








(Morcegos)








(De regresso a Torre de Moncorvo)




(Panorâmica de Torre de Moncorvo)






(Foz do Sabor)


Podem visualizar ou descarregar o TRACK aqui

 

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