segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Voltinha de Natal 2012

Idealizada pelo Carlos Russo (Ninja) e que teve a adesão que mostra a imagem.
A grande maioria dos "intrusos" está de passagem!...
Tudo gente conhecida.
Voltinha extremamente agradável onde imperou a boa disposição e companheirismo saudável.
Valeu, sobretudo, por isto.
42 Km com muita água e lama até ... às orelhas e, sobretudo, diversão como há muito não acontecia.
Pelas 10,00 horas o pessoal foi-se concentrando junto ao "XP" de onde saímos em direcção à Cruz da Vila, Devesa, passando bem junto à nascente do chafariz dos Pretos, Convento de Santa Maria de Aguiar, depósito da Nave, onde se verificou um pequeno desaguisado com um grupo de caçadores (a grande maioria velhos conhecidos) que se preparava para mais uma montaria, Nave Redonda, pelos Ataúdes até Mata de Lobos, Escalhão, onde fomos brindados com um "Porto de Honra", prosseguindo, depois por trilho que nos haveria de conduzir até à E.N. 221, bem junto ao caminho do Vau, e daí novamente a Escalhão, quintas da Gravanceira e da Veiga, onde aconteceu o momento alto do dia - O atravessamento da Ribeira de Aguiar. 
Pelas 14,30 horas estávamos de regresso a Figueira.

Reportagem fotográfica:


(Concentração, junto ao "XP")


(Em direcção ao Convento de Stª Mª de Aguiar)


(O "empata" do Tiago Pena num momento de acerto do ... selim!...)


(O mecânico oficial da volta dando uma "mãozinha" ao Bruno Morgado ... primeiro azarado do dia!)


(Num pequeno troço da GR 22)


(Se a moda pega!...)


(Em direcção a Escalhão, depois de Mata de Lobos)


(A primeira portaleira!...)


(A Luísa, que também se equipa de vez em quando, servindo-nos um "Porto de Honra", que me soube pela vida!...)


(Os "cotas" apanhados pela câmara!...)


(O Tiago Pena ... fazendo guarda às montadas!...)


(O André desviando a atenção para as ... virtudes da D. Lídia!...)

Nota: Quanto sofreu esta senhora comigo aquando da minha passagem pelo liceu!...



O David Paredes sujando o equipamento. Foi a azarado do dia!)

(O "Ninja" num momento de apuro técnico!)


(O Bruno Morgado também fez uma demonstração)

É impressionante o que esta rapaziada faz em cima da bicicleta!


(Em direcção à Quinta da Gravanceira, deixando Escalhão para trás)


(Transpondo mais uma portaleira!)


(Nos domínios da Quinta da Gravanceira)


(A ultima portaleira!)


(O Luís dando banho à sua montada!...)

(O momento alto do dia foi protagonizado pelo Ricardo e pelo Pena quando atravessaram a Ribeira - duas vezes)






O vídeo da travessia destes dois corajosos pode ser visualizado aqui



(De regresso a F.C. Rodrigo)

 (A 3ª parte aconteceu no "Ponto de Fuga")

 (A ementa!...)


(Evento patrocinado pela Coca-Cola!...)


Resumo do dia:
distancia percorrida: +/- 43 Km
Acumulado ascendente: 681 m
Acumulado descendente: 641 m
Velocidade média: 10 km/h

Gráfico de altimetria:

















Pode visualizar ou descarregar imagens deste passeio aqui
Julgo que existe um vídeo completo desta aventura, queiram indicar-me a directoria.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Voltinha Domingueira - Da Marofa até ao S. Marcos

Diz o dito popular que o vagar faz colheres!
E é bem verdade!
Como a rapaziada do pedal hoje se intimidou com o mau tempo, onde eu me incluo, não me restou outra alternativa que não abordar a "Voltinha" do fim de semana passado - 9 de Dezembro.
Ao contrário do que sucedeu hoje o dia esteve óptimo para a pratica da modalidade, embora alguns se desculpabilizassem com o frio a pretexto de ficar mais umas horitas agarrados aos cobertores!...
À hora combinada apareceram quatro carunchos: Os três "cotas" e o Bastos, que depois de longa ausência, se juntou ao pessoal do pedal.
 Voltinha suave, pois a condição fisica nesta altura do ano a isso obriga, que nos haveria de levar até à Marofa, em jeito de aquecimento e ... a pensar na Via Sacra, (que desci a todo o gás, pois o trilho está espectacular), prosseguindo, depois pelas serras da Vieira e S. Marcos, indo interceptar a E.M. Penha de Águia/Luzelos/Ponte Coa onde virámos a nascente, em direcção a Penha de Águia e depois Vale de Afonsinho e daí até Figueira pelo caminho mais curto - E.M..
A registar dois pequenos "incidentes": O Bastos teve um furo (lento) e eu, na ligação Penha de Águia\Vale de Afonsinho fiz um pequeno rasgo no pneu da frente da minha montada que me obrigou à utilização (provisória) de câmara de ar.
 Esta é a melhor altura do ano para fazer estes espectaculares trilhos, onde me dei ao "luxo" de cometer alguns excessos ... com o velocimetro a efectuar registos instantaneos bem acima dos 50 Km!

Pelas 13,00 horas estávamos de regresso a Figueira.

Algumas imagens (da autoria do Bastos e do Luis):


(Trilho que nos levaria até à serra do S. Marcos, ao fundo)


(Em Penha de Águia)


(Trabalho extra!...)


(Enquanto uns se submetiam a trabalhos forçados ... outros exebiam-se para a câmara!...)


(... onde se inclui o Bastos!...)


(Pormenor do empedrado, onde fiz o rasgo no pneu!...)


(Trilho que nos levaria até Vale de Afonsinho, ao fundo)



Resumo do dia:

Distancia percorrida: +/- 35 Km
Acumulado ascendente: 957 m
Acumulado descendente: 885 m

Gráfico de altimetria


sábado, 1 de dezembro de 2012

Falando de lagares de azeite!...

Contrariamente ao que seria expectável neste "post" não irei "falar" de btt!...
O concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, como tipico concelho de interior, é um concelho rural onde a agricultura (de subsistencia) é predominante.
Embora não sendo a minha actividade principal está, no entanto, bem presente nas minhas rotinas. Até por razões de afectividade. Mais até por isso...
Costumo até dizer, em jeito de brincadeira, que ao Sábado ando de tractor e ao domingo de bicicleta!
Não obstante ser esta a época do ano em que mais gosto de pedalar é, simultaneamente, aquela que me traz mais ocupado, mesmo ao Domingo!...
E nesta época do ano há que acudir, sobretudo, na apanha da azeitona e acompanhar a sua transformação.
Nas últimas duas semanas tem-me cabido em sorte o "brinquedo" que é mostrado na imagem.
Bem menos "stressante" do que os rotineiros dias em que estou entalado entre quatro paredes "entretido" com as (quase) obrigatórias leituras do DR (Diário da Republica), agora em formato digital, ou a queimar os meus preciosos neurónios em "Pareceres\Informações" e outras actividades, embora interessantes, que de criativo têm pouco.
Este é já o terceiro ano que faço a apanha da azeitona desta forma.
E gosto de o fazer, embora reconheça que não é nada fácil lidar com este "bicho", especialmente em terrenos inclinados, onde já tenho apanhado uns sustos valentes.
 Investimento avultado encarado como a única alternativa à escassez de mão de obra local.

("Abraçando" a oliveira)


(Operação de descarga, onde é visível o meu outro brinquedo!...)


(É esta a visão que se tem do "cockpit" de pilotagem)


(Azeitona acondicionada, pronta para ser transformada)


Mas como por aqui ninguém gosta de deixar estas coisas por mãos alheias há que extrair o óleo a este precioso fruto.
Depois de acondicionada, a azeitona passa por um tormentoso processo de transformação cujo resultado final é o azeite.
Por norma, azeitonas verdes produzem azeites intensos e azeitonas maduras dão-nos azeites suaves.
Eu sou um feroz adepto de azeites intensos obtido de varietais, tal como a galega, verdeal (que produz um azeite intenso de qualidade superior), cobrançosa ou carrasquenha, se bem que esta última seja mais vocacionada para a conserva também dá azeites extremamente aromáticos.
E isto para frutos isentos de defeitos.
Depois de apanhada, a azeitona deve ser imediatamente transformada sob pena de entrar em processo de fermentação (pode esperar no máximo 48 horas).
Longe vão os tempos do velhinho lagar de prensas hidráulicas!
Hoje a extracção de azeite é feita em modernos lagares, onde estão instaladas linhas continuas, que poderão ser de duas ou três fases.
O que distingue uns e outros?
Nas linhas de duas fases o bagaço da azeitona e as "águas ruças" (residuos) saiem do lagar numa única mistura. Nas linhas de três fases o bagaço e as "águas ruças" saiem de forma separada.
A tendencia mais recente vai para a instalação de modernas linhas continuas de duas fases, também chamadas ecologicas (que de ecologico têm pouco pois a recolha e tratamento dos residuos tem custos que são fácilmente evitaveis ... imaginem como...).
Na área do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo há lagares para todos os gostos: O da Cooperativa de Olivicultores de Escalhão àinda tem instalado um sistema de prensas hidraulicas. O que está localizado em Penha de Águia já tem instalada uma linha de duas fases, com extracção a frio (não é bem assim pois a massa de azeitona deve estar à temperatura ideal de 27 ºC para poder ser-lhe extraido o azeite).
O que é propriedade da familia está localizado em Freixeda do Torrão e tem instalada uma linha continua de três fases (azeite + bagaço + águas ruças).


 (Aspecto geral do equipamento)


 (Depois de pesada a azeitona é transportada até ao lavador, onde é feita a sua higienização)


(Pormenor da lavagem da azeitona)


(À saida do lavador)

A partir daqui a azeitona é moida através de um engenhoso processo mecanico cuja parte exterior se mostra na imagem seguinte.

(Moinho - que tem no interior um sistema rotativo de martelos)

Depois de moida a azeitona fica "alojada" nas batedeiras onde é aquecida até atingir uma temperatura nunca inferior a 27 ºC e superior a 30 ºC.


(Batedeiras, onde também é visivel o moinho na parte superior esquerda)


(Interior da batedeira, onde é visivel a massa de azeitona)


Para aquecer a massa à temperatura ideal as batedeiras dispoem de parede dupla por onde circula água quente.

Depois de aquecida, a massa é "bombada" para o Decantador, onde é feita a separação das particulas solidas e dos liquidos. É neste complexo equipamento que se dá a separação do bagaço, por um lado e do azeite + água de outro.


 (Decantador)


 (Aspecto da mistura à saida do dencantador)

Após esta complexa separação, o bagaço é transportado para o exterior do lagar e a mistura constituida por água e microparticulas de azeite é encaminhada para a centrifugadora onde é feita a separação da água e do azeite.

 (Residuo - Bagaço humido)

O bagaço de azeitona à saida do lagar é considerado um residuo, no entanto pode ser utilizado como ração para animais (i.e. porcos) ou materia prima de outra unidade industrial para efeitos de extracção de oleo. Lembro que os azeites de qualidade inferior podem ter na sua constituição  oleo de bagaço de azeitona.
Pode saber mais sobre os vários tipos de azeite aqui.

(Centrifugadora)

(Pormenor da mistura à entrada da centrifugadora)


(E aqui está o 1.º azeite extra virgem da campanha 2012/2013)

Mas para que o azeite chegue à mesa do consumidor isento de imporezas (borra) ainda vai passar por uma outra centrifugadora onde lhe é dado o retoque final.


(Aqui está o resultado final de um longo processo mecanico)

Todo este equipamento para funcionar na perfeição carece de água quente, que é fornecida por uma caldeira que tem como combustivel o próprio bagaço da azeitona depois de extractado e seco em complexo industrial exterior ao lagar.

(Combustivel  - bagaço extractado e sistema de transporte para a caldeira de aquecimento)


(Pormenor da caldeira)

As "águas ruças" (residuo) produzidas pelo lagar são transportadas para uma "lagoa de evaporação", construida para o efeito, onde são depositadas e submetidas a um lento processo de evaporação que se prolonga por todo ano ou, ainda, utilizadas na rega de culturas arvenses, mediante certos condicionalismos pois são um optimo fertilizante.

(Vista geral da lagoa de evaporação)


Quem sabe se a pretexto de uma visita não organizamos por aqui uma "voltinha" de bicicleta pelos lagares do concelho e compomos o ramalhete com uma bela "lagarada".
Fica a ideia.