terça-feira, 15 de abril de 2014

Puerto de la Molinera "On Road"

Quando no mês de Janeiro por ali andámos numa voltinha "off road" logo houve quem visse potencial para a realização dum circuito "on road" por esta extensa área do PNAD - Parque Natural das Arribas do Douro.
O grande mentor e impulsionador desta voltinha acabaria por ser o Agnelo Quelhas, que logo em Janeiro havia ficado maravilhado com o potencial paisagístico e velocipédico desta zona transfronteiriça do Douro Internacional.
Não gerou o mesmo entusiasmo de então, mas mesmo assim ainda se apresentaram junto ao Pavilhão dos Desportos, em Figueira de Castelo Rodrigo, oito valentões, dos quais quatro vindos de Castelo Branco, um da Guarda, um de Vila Nova de Foz Coa e dois locais de Figueira C. Rodrigo.
Dia perfeito para a prática da modalidade. Céu limpo e temperatura bem próxima dos 30 ºC. Melhor era impossível.
Um pouco antes das 8,30 horas já rolávamos em direcção a Barca de Alva, de encontro ao rio Águeda que transpusemos pela ponte internacional rodoviária, até alcançar La Fregeneda e Lumbrales (Espanha). Já no interior de Lumbrales flectimos em direcção a norte, pela "carretera SA - 330", que faz a união a Saucelle. 
É este o famoso troço de "La Molinera". 
Saindo de Lumbrales, descemos por estreita via, de piso algo irregular não muito propicio às máquinas que tripulamos, mas valeu bem o esforço pois fomos compensados com magnificas paisagens. Primeiro o Camaces, onde tivemos a oportunidade de (re)apreciar o "Cachón", uma queda de água espectacular que nesta época do ano é uma delicia observar, prosseguindo depois pela margem esquerda do Huebra, de encontro à ponte de "La Molinera", onde iniciámos uma subida, não excessivamente dura, mas que se haveria de prolongar por cerca de oito Km, até Saucelle.
A ideia era saborear uns "bocadillos" em Saucelle, só que não foi possível pois não encontrámos um único bar\restaurante aberto capaz de nos fornecer tal suplemento.
Deixando Saucelle, de volta ao cruzamento onde finaliza a subida, encetámos a descida mais perigosa do dia e que nos haveria de conduzir até à Barragem de Salto, onde transpusemos o Douro, de encontro à EN 221, para fazer a ligação até Barca de Alva.
Em Barca de Alva uma pausa para reposição de líquidos, aproveitando também para chamar o "carro vassoura" para recolher os empanados e apressados.
Deveriam faltar uns 20 minutos para 16,00 horas quando os últimos resistentes chegaram a Figueira, onde deram por finda esta aventura pelas "Arribas do Douro" espanhol.
Seguiu-se reconfortante banho no Pavilhão dos Desportos e lanche\convívio no bar "A Piscina" onde nos entendemos muito bem com umas "bejecas" e outras "especialidades" locais.
Apenas uma recomendação: Nunca se aventurem por estas "terreolas" sem um bom farnel para não correrem o risco de regressar de barriga vazia.

Os herois do dia foram:

                                 Carlos Gonçalves
                                 Carlos Gabriel
                                 Pedro Tondela
                                 Rui Sousa
                                Agnelo Quelhas
                                João Valente
                                Nuno Maia
                                Rui Salgueiro


Algumas imagens que "roubei" ao Agnelo Quelhas:


(Saindo de Figueira C. Rodrigo)

(No miradouro da Sapinha - EN 221)


 (Na EN 221, em direcção a Barca de Alva)


 (Transpondo o rio Águeda pela Ponte Internacional Rodoviária, junto à foz)


 (Dois cromos subindo em direcção a La Fregeneda)





(Passagem por La Fregeneda)




 (Rolando pela Molinera)




 (No miradouro do "Cachón de Camaces")


 (A ponte de La Molinera)


(Aspecto geral da Subida até Saucelle)


(Panorâmica da descida até ao Douro)


(Descendo na direcção do Douro)





(Penando para a última subida do dia, depois da Ribeira de Aguiar - EN 221)




Gráfico de Altimetria e resumo do dia: