domingo, 27 de janeiro de 2013

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

VOLTINHA H2O (PELA FAIA BRAVA)


Ontem fizemos uma daquelas voltinhas difíceis de esquecer.
Pelos trilhos, pela visita guiada, pelo companheirismo e camaradagem, pelos incidentes!...
A ideia inicial era repetir a volta feita em 9 de Junho de 2012, só que não foi possível.
Em primeiro lugar porque nos "perdemos" completamente na Faia Brava e a culpa foi do nosso guia, o João Pedro, que nos presenteou com uma visita por locais espectaculares e inacessíveis para a grande maioria dos visitantes.
Em segundo lugar porque, nesta altura do campeonato, ainda não há pernas para fazer a volta completa.
Lançada a ideia, no "Face" com uma semana de antecedência, a adesão (habitual) não se fez sentir. Os acompanhantes, desta vez, falharam. Uns inventaram desculpas, outros pura e simplesmente não apareceram. A dureza do percurso aliado à ameaça de temporal, de certo, para isso contribuíram. No entanto, nada disso impediu que respondessem à chamada cinco valentões, que não se inibiram perante as ameaças das negras previsões da meteorologia!
Foi, pois, sob forte ameaça de chuva que saímos para esta aventura.

Os carunchos do dia:
                  Carlos Gonçalves
                  Luís Santos
                  Pedro Russo
                  Élio, vindo de Pinhel e que ultimamente  se tem juntado à rapaziada
                  João Pedro Quadrado, que ontem foi o nosso guia.

Concentração a partir das 9,30 horas no sitio do costume e saída pouco passaria das 10,00 horas, em direcção a norte, pelo trilho que normalmente nos conduz até Barca de Alva, até bem junto da Ribeira de Aguiar, que se apresentava bem revoltosa e cujas margens transbordavam como mostram as imagens seguintes.

(O Élio e o "Ninja" não resistiram à passagem, nos dois sentidos, da Ribeira, que se apresentava desta forma)

Imediatamente antes da Ribeira flectimos no sentido poente, em direcção a Vilar de Amargo, só que água ia criando dificuldades ao pessoal, que teimava em não molhar os pés, o que lá se foi conseguindo.

 (Com mais ou menos dificuldades lá fomos passando, uns montados outros ...nem tanto!)




Mas não se pense que a água foi o único obstáculo. A descida, logo após a pedreira, estava impraticável para alguns, que a fizeram apeados. Só os mais corajosos se desinibiram e largaram os travões!

(Aqui ainda deu para aquecer, mas depois ...)


(Na imagem até parece fácil!...)

Após esta descida algo complicada seguiu-se uma longa subida onde deu para aquecer um pouco.
Depois até Algodres, foi ... água, mais água e mais água! ... Muita água.



(Ao chegar a Algodres, ninguém se atreveu a meter a bike ao lado do pontão!!!)


(Algodres)

(Pausa p/ reabastecimento em ... Algodres)


Em Algodres paragem (obrigatória) no "Escondidinho" onde somos sempre muito bem recebidos e melhor tratados pelo Henrique Pêgo.
 Um dia destes temos que combinar lá uma almoçarada à moda antiga. Que tal um arroz de cabidela?
Depois foi magia. O João Pedro brindou-nos com o que de mais espectacular tem a Faia Brava. 
Só não conseguimos visualizar a manada de garranos e as vacas que andam por lá. Mas aquilo é tão grande!

(Painel informativo da Reserva)


(No trilho da GR do Vale do Coa)

(Marca da GR do Vale do Coa, numa portaleira)


(Onde é proibido entrar)



(No miradouro, junto ao pombal, de onde se obtém vista fabulosa sobre o rio Coa)


(o agreste Vale do Coa)

Paisagem onde se mostra o que é\foi um parque de recolha de gado, e respectivo abrigo para as crias, julgo que restaurado


(Pombal tradicional devidamente recuperado e habitado)


(Interior do pombal)

(Ultrapassando mais um obstáculo)


(Onde o "Ninja" aproveitou para treinar a subida técnica)


(Comedouro e um bebedouro de perdizes)


(O único garrano que consegui visualizar ... com muito zoom)


(O maior sobreiro da Reserva e talvez do concelho)

(Passando por mais uma portaleira)


(Uma cachoeira)


(Voltinha sem um bom furo não é volta! Que o diga o nosso guia, aqui a receber uma "mãozinha" do Élio)

(Deixando a Faia Brava, junto à E.M. que liga Quintã Pêro Martins\rio Coa\Cidadelhe)

Quando saímos dos terrenos da Reserva deveriam ser 14,00 horas ou até um pouco mais tarde pelo que se verificou a necessidade de repensar a Volta. Após consenso optámos por seguir as marcas da GR 22, com um engano pelo meio e sob forte ameaça de chuva que viríamos a apanhar com alguma intensidade ainda antes de chegar a Freixeda do Torrão e que nos haveria de fustigar até Figueira.
Da Freixeda e até Figueira optámos pelo alcatrão.


(Na GR 22, onde o nosso guia já vinha em gestão de esforço)


(Em Freixeda do Torrão, junto ao degradado solar dos Metellos)

Escusado será dizer que chegámos a casa completamente encharcados. 
Mas valeu cada pingo de chuva que carregámos (com todo o prazer, digo eu).
  
Resumo do dia
Distancia percorrida: +/- 42 Km
Subida: 953 m
Descida 903 m

Altimetria:















Pode visualizar ou descarregar imagens da volta aqui.
O Track do percurso está disponível aqui, que deverá seguir até sair da "Faia Brava". Depois, em sentido ascendente, bastará seguir as marcações da GR 22 até Castelo Rodrigo, se ainda se sentir com forças para tal.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

VOLTINHA DE RECONHECIMENTO - NOS "TRILHOS DA AMENDOEIRA EM FLOR - 2013"

Os "Trilhos da Amendoeira em Flor - 2013" já mexem.
Julgo que o cartaz promocional do evento ficará disponível ainda esta semana.
Ontem (Domingo 13/01/2013) fomos fazer o reconhecimento do "Percurso Curto", já desenhado há algum tempo.
E as opiniões foram unânimes: ESPECTACULAR. 
Intencionalmente aumentámos a dificuldade física e técnica do percurso e o resultado, julgo que, será do agrado geral. Foi intenção criar um percurso onde cada participante poderá testar as suas capacidades físicas e técnicas e, em simultâneo, explorar as potencialidades da sua montada. Tudo isto em termos aceitáveis para utilizadores já com alguma experiência neste tipo de "aventuras" e sobretudo, para aqueles que gostam de praticar um XCM um pouco mais agressivo - Longas e íngremes descidas, umas rápidas outras nem tanto, subidas não muito longas, singletracks, linhas de água, zonas p/ rolar, etc.. Tudo em dose q.b..
Antes de mais devo dizer que partilho estes trilhos com um grupo "miúdos" espectacular, sem esquecer os "cotas", sempre disponíveis para todo e qualquer serviço.
Estes dois factores conjugaram-se de tal forma que, posso-vos garantir, que ontem foi um daqueles dias difíceis de esquecer. 
Pelos trilhos, pelo ambiente de boa disposição e camaradagem ...do melhor. E não estou a exagerar.
O dia, embora um pouco frio, e com ameaça de chuva, esteve óptimo para a pratica da modalidade.
Lançado o "alerta" via SMS na sexta-feira (18/01/2013), responderam à chamada:

Pedro Tondela
Carlos Russo
Tó Bastos
David Paredes
Bruno Russo
Tó Condesso
Luís Santos
Carlos Gonçalves

Pelas 9,30 horas concentração no local do costume. 
Perto das 10,00 horas seguimos por alcatrão, para aquecimento, em direcção à Serra da Marofa, onde alcançámos o topo, para depois nos atirarmos "Via Sacra" abaixo, em direcção à Sarzeda\Colmeal velho, onde não chegámos, trepando antes em direcção ao topo das serras da Freixeda e do S. Marcos, por onde descemos (vertiginosamente) até alcançar Penha de Águia. 
Do alto do S. Marcos até Penha de Águia é um "foguete". Simplesmente alucinante. Velocidades altíssimas para os mais destemidos.

(Os pontas de lança - "Ninja" e o Tondela - alcançando o topo da Marofa)


(Areia nos travões!!!)

(A aldeia histórica de Castelo Rodrigo, fotografada da Marofa)


(Conferenciando...)


(Descendo o S. Marcos - Difícil para os medrosos e alucinante p/ os corajosos)


(Passando por Penha de Águia)


(Por onde teria passado o Luís!!! ...)

Após Penha de Águia e até Vale de Afonsinho seguiu-se um trilho agressivo, com muita pedra, algo exigente p/ as montadas e braços.

(Chegando a Vale de Afonsinho)

(Em Algodres o primeiro contratempo do dia - furo lento na montada do Condesso)


Até Algodres progredimos pela margem direita da ribeira, por trilho algo rolante, por vezes com alguma lama.
Em Algodres merece visita um pequeno "Museu" dedicado à agricultura e que tem no seu interior alguma maquinaria de outros tempos: Um tractor, malhadeiras mecânicas e - julgo que -  uma ceifeira. 
Se tiverem tempo e pachorra deitem o olho pois passa-se mesmo ao lado.
Em Algodres visita ao "Escondidinho" para reposição de sólidos e líquidos  Aqui temos sempre  um tratamento ICC (importantes com' ó c****** - VIP em inglês). O Henrique Pego brinda-nos sempre com um pequeno "mimo" - Ontem foram umas bolachas p/ os que se esqueceram ou não fizeram farnel.
Depois de recompostos seguimos em direcção à Ribeira de Aguiar, com passagem pelos domínios territoriais da freguesia de Vilar de Amargo, que contornámos pelas pedreiras e onde está localizada, quanto a mim, a parte mais espectacular de todo o percurso. Na parte inicial muita água, mas sem incomodar, a que se segue uma descida super rápida para depois se fazer a subida do dia. Extremamente técnica e só ao alcance de alguns. A grande maioria fê-la sim ... mas dando cordinha aos sapatos. 
Depois, bem, depois segue-se um singletrack, espectacular para os mais destemidos. Os restantes terão duas alternativas: desmontados ou pelo desvio.

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(O David, em esforço, ultrapassando a íngreme e difícil subida da pedreira)


Ao chegar à Ribeira de Aguiar nova aventura. Os mais corajosos atravessarão a ribeira e molharão os pés ou ... farão como fez a grande maioria ontem: tiram o bota e a meia e metem o pezinho na água.
A partir daqui as fotos são da autoria do Tó Bastos,pois eu fiquei sem pilhas...

(Atravessamento da Ribeira de Aguiar)

Na travessia da Ribeira, um, que está do outro lado da imagem, passou montado, quanto aos restantes é o que se vê na imagem e nas seguintes, com excepção para o David Paredes que pura e simplesmente não atravessou. Inverteu a marcha e regressou a casa por Vilar de Amargo separando-se do grupo. Bem que  o incentivámos mas não conseguimos demovê-lo da ideia.

(O mais corajoso já está do outro lado ... com os pés molhados!!!)


(O Tondela também lavou os pés nas águas frias da Ribeira!)

Depois de atravessarmos a Ribeira seguimos até à Quinta de Boais onde apanhámos novo susto. Mais uma uma linha de Água que, após cuidada observação do Luís, transpusemos sem dificuldade de maior.
Até aos Picões foi sempre a pedalar.
Nos Picões mais um momento hilariante. O Tó Condesso debatia-se com mais um furo na roda da frente. A bomba de CO2 teimava em libertar gases e ... os ajudantes em nada contribuíam, nem tão pouco se entendiam com o dito material (da loja do chinês!!!). Uma coisa é certa não foi fácil resolver a situação. Depois de duas ou três cápsulas de CO2, incluindo o recurso a bomba manual, que de manual tinha muito pouco e uma câmara de ar, válvula Schrader,  que teimava em não entrar no orifício circular do aro etc.. Tudo isto ao som de ... bocas foleiras dos "mirones". Imperou a boa disposição. Pena que o Tó não estivesse nos seus melhores dias. Andava meio engripado.

(Atravessando mais uma linha de água - junto à quinta de Boais)


(Kit de ferramentas do Tó Condesso)


(Nos Picões - substituindo a câmara de ar ...)


(A bomba de CO2 libertando "vapores"!!!)


A partir daqui o Tó Bastos começou a ficar sem "pilhas". Já depois da Ribeira apareceu o homem da marreta.
Ultrapassado Escalhão, a progressão, em direcção a Figueira fez-se por trilho a norte da E.N. 221 até cruzar a Ribeira de Aguiar sobre a ponte rodoviária, junto à ponte romana, até alcançar novamente o trilho que nos haveria de conduzir até Figueira.


(Encontro asinino e "vacum" já bem perto de Figueira)


Em Resumo. Dia espectacular, com cerca de 57 Km percorridos
Acumulado ascendente de 1247 m
Acumulado descendente de 1256 m
Velocidade média de 13 Km/h

Galeria de imagens aqui e aqui

Nota: Excepcionalmente não coloco o gráfico de altimetria nem o Track do percurso sem que estejam disponíveis na pagina oficial da entidade que promove este evento - O Município de Figueira de Castelo Rodrigo, o que prevejo venha a ocorrer dentro de dias.