segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

PASSEIO DE NATAL 2013

Pelo segundo ano consecutivo estamos a fazer esta "Voltinha" que, por norma, é a última do ano.
Este ano à "prata da casa" juntou-se um pequeno grupo vindo de Pinhel, que connosco quis confraternizar.
 Estes voltinhas valem, sobretudo, pelo reencontro de alguns amigos que, de outra forma, não reveríamos. 
Aliás o espírito desta "voltinha" é mesmo esse.
Este ano juntámos à festa o presunto que, não sei se se lembram, trouxemos de Vila Nova de Foz Coa aquando da realização da III Rota das Vindimas e que se apresentou soberbo. Deve ter sido da longa cura a que foi submetido!
Dia solarengo típico de Inverno, perfeito para a pratica da modalidade.
Um pouco antes das 10,00 horas o pessoal foi-se concentrando junto ao "Redondo" de onde saíram 16 praticantes dos quais dois do sexo feminino que conferem sempre um colorido diferente ao grupo.
Devo também referir que este ano descuidei-me um pouco, pois esqueci-me da máquina fotográfica, e como gosto de fazer a minha própria reportagem!...
Já para não falar no descuido a que votei a minha montada que se me apresentou bastante suja, desafinada e com os pneumáticos em baixo. Não merecia este desmazelo mas o que é certo é que aconteceu e foi assim que se apresentou ao inicio do dia.
Quanto ao percurso: Nada de especial: Cerca de 40 Km para um D+ de cerca de 900 m. 
Mas nesta altura do ano nem poderia ser de outra forma.
Saímos de Figueira, em direcção a norte, até à Quinta dos Picões onde flectimos a poente até acertarmos com as Quintas da Boavista e Seixo Amarelo, já a mirar o Douro, e daí até à estrada que nos conduz à Srª do Campo\Estação de Almendra onde apanhámos largo estradão em direcção a Barca de Alva, onde não chegámos flectindo, antes, em direcção à E.N. 332 (Escalhão\Barca de Alva) para irmos de encontro ao reforço do dia, que devido a uma falha de comunicação chegou com algum atraso. 
Aspecto a melhorar em edições futuras!...
Mas valeu bem o sacrifício, pois fomos presenteados com produtos de excelência não fosse o "staf" constituído por colaboradores exigentes. Não faltou nada, mas mesmo nada. Desde o bolo-rei em dose q.b. até ao já falado presunto que se apresentou "no ponto", passando pelas "bejecas" e outros derivados.
Que grande "momento bttistico" nós tivemos debaixo daqueles eucaliptos!
E que dizer das azeitonas temperadas (à moda) de Escalhão. Sem dúvida as melhores azeitonas do mundo!
E o bolo-rei de chocolate? Alguns até chuparam nos dedos.
Mas como o que é bom acaba depressa!...
Por mim passaria lá o resto da tarde. Entendi-me muito bem com quatro "bejecas", em formato mini, que me souberam que nem ginjas e um "cálice" de Porto como revigorante energético, pois avizinhava-se a famosa subida dos "Picões" que deixa sempre algumas mazelas aos menos bem preparados!... E como quem não presta para comer ...

Chegámos a Figueira pelas 15,30 horas. De permeio ficou Escalhão.
Nada de relevante a assinalar. O pessoal este ano não esteve para tropelias!
O Almoço\convívio no Restaurante "A Cerca" onde nos foi servido um arroz (malandro) de feijão acompanhado de uns medalhões de porco grelhados que se apresentaram dentro do que é exigido, cumprindo perfeitamente a sua função.
O dia terminou no bar do "Minipreço" onde fomos tomar mais uns complementos vitaminicos!...

Algumas imagens que fui retirando das páginas pessoais de alguns dos intervenientes:







































segunda-feira, 11 de novembro de 2013

OUTONO NA ESTRELA (MAIS PARA VER DO QUE PARA CONTAR)

A "voltinha" que era para ser pelo Douro Vinhateiro e que afinal aconteceu pela Serra da Estrela.
A inserção de uma foto da edição do ano passado pelo Pedro Quelhas na minha página pessoal do Facebook foi quanto bastou para alterar o programa do passado domingo (10 de Novembro).
E como o Carlos Russo nunca recusa uma boa volta pela Serra aí vão eles de encontro ao pessoal da Guarda e de Castelo Branco, mentores desta voltinha outonal, que já vai na sua 4.ª edição.
 Esta é daquelas "voltinhas" que tem mais para ver do que para contar!
Passariam uns 15 minutos das 9,00 horas quando deixámos Manteigas para trás. 
Nem deu para aquecer. Foi logo a matar, que é como quem diz a empinar e a bem empinar. Mas como o que tem que ser ... tem que ser, não houve outro remédio que não dar ao pedal!
De Manteigas, até ao Mondeguinho, com passagem pela Cruz das Jugadas e Pousada de S. Lourenço foi transpirar a bem transpirar, pois serão cerca de 18 Km a trepar e a bem trepar. Mas valeu bem a pena pois a paisagem apresentou-se-nos sempre sublime e cheia de tons quentes, tão próprios da época. 
Logo após o Mondeguinho paragem obrigatória no "Ti Branquinho" para ingestão\degustação das famosas "sandochas" da D. Judite, que já estavam à nossa espera mercê de prévia requisição feita pelo Pedro Quelhas e onde nos devemos ter "perdido" por cerca de 45 minutos 
De facto o tamanho destas "Sanduiches" chega a intimidar alguns "estreantes"!
 Aqui é sempre a algazarra do costume. Puro e são convívio.
Depois de bem comidos e melhor hidratados seguimos em direcção ao Malhão, marco geodésico da Santinha e Portela de Folgosinho onde tomámos a primeira dose de adrenalina do dia, através de prolongada descida até acertarmos com um muito recente estradão, de betuminoso, que se haveria de prolongar até à Srª de Assedasse\Casais de Folgosinho, bem junto ao rio Mondego, onde fizemos uma muito breve paragem para reposição de sólidos e líquidos, acabando também por tropeçar numa "cache" muito bem dissimulada em pequena gaiola\ninho pendurada num dos plátanos envolventes à capela. O mais complicado foi abri-la!
Novamente em sentido ascendente até à Azinha, de onde se tem uma vista simplesmente deslumbrante sobre Manteigas e o vale do Zêzere. Imperdivel!
 Da Azinha até ao Fragusto foi um foguete. Pura adrenalina. E que dizer da descida que se seguiu ao Fragusto e nos haveria de levar até bem perto do Skiparque, Sameiro. Cerca de 8 km, feitos nos limites e onde se atingiram velocidades proibitivas.
Após o Skiparque, progredimos por ambas as margens do Zêzere, que atravessámos sem molhar o pezinho, seguindo por fim pela sua margem direita, por trilho algo exigente em termos físicos e onde percorremos, quando a mim, a parte mais interessante de todo o percurso, pois foi aqui que de forma muito intensa sentimos o que é o Outono na Serra da Estrela. 
O dia terminou numa "tasca" na pequena aldeia de Vale de Amoreira onde experimentámos uns peixinhos de água doce que se apresentaram divinais.
Melhor do que as palavra só mesmo as imagens, que vos deixo.
P.S. - E não se esqueçam: No próximo Domingo às 12,30 horas em casa do Pedro Quelhas!


(Em Manteigas, sobre o Zêzere - foto de Agnelo Quelhas)


 (Em direcção à Cruz das Jugadas)

 (Manteigas - Foto de Agnelo Quelhas)


(P/ trás ficava o Mondego e a capela da Srª de Assedasse - Foto de Agnelo Quelhas)


(Foto de Agnelo Quelhas)


 (Mondeguinho - Foto de Agnelo Quelhas)


(No "Ti Branquinho" - Foto de Agnelo Quelhas)


(Na zona do Mondeguinho - Foto Agnelo Quelhas)


(Em direcção ao Malhão - Foto de Agnelo Quelhas)


(Em direcção à Portela de Folgosinho)


(Foto de Agnelo Quelhas)


(Chegando ao Malhão - Foto de Agnelo Quelhas)


(Mais uma preciosidade do Agnelo Quelhas)


(Foto de Agnelo Quelhas)


(Srª de Assedasse, Casais de Folgosinho - Foto de Agnelo Quelhas)


(Srª Assedasse)


(Rio Mondego)


(Na Azinha, de onde se obtém vista privilegiada sobre o vale do Zêzere)


(Descida algo intimidante para alguns! - Foto de Agnelo Quelhas))


(Foto de Agnelo Quelhas)


(Foto de Agnelo Quelhas)


(Foto de Agnelo Quelhas)


(Atravessando o Zêzere, nas proximidades de Manteigas)


(Pormenor da ementa - Foto Agnelo Quelhas)


Vídeo elaborado pelo Agnelo Quelhas



Resumo do Dia:

Distancia percorrida: +/- 56 Km
Velocidade média: 12,00 Km/h
Acumulado positivo: 1793 m
Acumulado negativo: 1742 m


Gráfico de altimetria:

















Nota: Podem visualizar ou descarregar o TRACK do percurso aqui

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Por Terras de Riba Côa (no Parque Natural do Douro Internacional)


Riba-Côa constituía, nos Sec. XII-XIII, o extremo ocidental da "Extremadura" Leonesa, limitada a norte pelo rio Douro, a oeste pelo rio Côa (Cuda), a sul pelas serras da Cordilheira Central, "transerra", e "por la parte oriental la separacion de la extremadura Castellana se verificó más tarde y de un modo más convencional, ya que no se apoyaba claramente en la topografia, por el norte propriamente comienza donde termina la jurisdiccion de Zamora y de Toro"
Actualmente a designação de Riba-Côa, Riba-de-Côa, Cima Côa ou Raia aplica-se a toda a região do extremo oriental do Distrito da Guarda, disposta no sentido norte sul, limitada a norte pelo rio Douro, a sul e ocidente pelo rio Côa e a oriente pela fronteira Luso-Espanhola.
Riba Côa ou Raia subdivide-se em duas zonas distintas: Raia Alta - Terra Fria - que integra um vasto território compreendido a  montante do rio Côa e Raia Baixa - Terra Quente - que integra o extremo nordeste do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, limitada a norte pelo rio Douro e a nascente pelo Rio Águeda e ainda parte dos territórios que eram pertença do extinto concelho de Almendra e que foram incorporados nos concelhos de Figueira de castelo Rodrigo e Vila Nova de Foz Côa.
Território Leonês até finais do Sec. XIII, 12 de Setembro de 1297, altura em que foi ocupado e posteriormente reconhecido território português pela assinatura conjunta de D. Dinis, por Portugal, e D. Fernando IV, pelo lado Castelhano-Leonês, naquele que ficou conhecido pelo Tratado de Alcanizes, o tratado fronteiriço mais antigo do mundo, ainda em vigor.

Esta crónica podia, de facto, começar assim!...

O parque Natural do Douro Internacional (PNDI), criado em 1998 com o objectivo de preservar e conservar todo um património natural de um e de outro lado das margens do rio Douro, abrange uma vasta área de cerca de 85 150 Ha que vai desde Barca de Alva, limite do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo até Miranda do Douro, do lado português e ainda do vale do Rio Águeda, afluente do Douro, onde vai desembocar em Barca de Alva.
Foi, pois, dentro deste vale de paisagens agrestes e acentuadas amplitudes térmicas que se desenrolou a nossa voltinha do passado domingo (21 de Outubro).
 Há muito que fazia parte dos planos mas só agora concretizada e em muito boa companhia, diga-se.
A volta perfeita para esta época do ano. Temperatura ambiente muito próxima dos 20 ºC, dentro dos parâmetros ideais para a pratica da modalidade e trilhos em condições perfeitas dada a precipitação ocorrida nos últimos dias. Melhor era impossível.
Então agora que descobrimos um trilho paralelo ao Rio Águeda, em pleno PNDI!... 

Apresentaram-se para fazer esta voltinha:
- Carlos Gonçalves;
- Carlos Russo;
- Pedro Tondela;
- Élio Simões, que nos veio apresentar a sua nova Cube 29er;
- Leonel Alves, grande amigalhaço, de Leira, que pegou na família e veio propositadamente ter connosco para fazer esta "voltinha".

A saída de Figueira deu-se pelos Ataúdes, lado nascente, em direcção a Mata de Lobos, que atravessámos, sempre a "mirar" as arribas do Águeda, em cujas fraldas andámos, seguindo-se Escalhão, alto da Sapinha, de onde se obtém vista privilegiada sobre o Douro, Barca de Alva e foz do Águeda.
Por vertiginosa descida até à Quinta da Fronteira e a margem esquerda do rio Águeda.
Já nas proximidades de Barca de Alva seguimos em direcção a Espanha, pela ponte rodoviária, que contornámos por entre os pilares acedendo à zona pedonal ribeirinha comum a ambos os rios e que nos haveria de conduzir até ao cais de Barca de Alva onde fizemos uma pausa para reposição de energias e aproveitámos para largar alguma roupa (de inverno).
O atravessamento do Douro fez-se pela ponte Sarmento Rodrigues, EN 221, até à Ribeira do Mosteiro e estrada do Candedo, paralela àquela, que seguimos até acertarmos com a famosa Calçada do Diabo (também conhecida por Santana), para o 1.º momento alto do dia.
Sempre em sentido ascendente alcançámos Poiares e um pouco depois o Penedo Durão que é tão só o miradouro mais espectacular que eu conheço.
Feita a inversão de marcha seguimos em direcção ao sol poente, sempre pelas abas do planalto transmontano, até ao "Assomadouro", outro miradouro natural e bem menos acessível, de onde se obtêm vista fabulosa sobre o Vale (encantado) do Douro e Barca de Alva, com retorno a Poiares para fazermos então a Calçada de Alpajares, a menos conhecida das duas por ali existentes mas bem mais exigente em termos técnicos, para mais uns arrepios e ... umas negras!
Fui duas vezes ao tapete, ainda que sem quaisquer consequências.
Nunca me senti tão aselha!
Nova passagem por Barca de Alva e nova reposição de energias no "Cantinho da Cepa Torta". O regresso a Figueira fez-se pelos Picões, seguindo o Track da Transportugal.
Em Figueira, onde chegámos deveriam ser umas 17,30 horas, nova reposição de líquidos e sólidos.

BRUTAL!

Algumas fotos:

(O primeiro azarado do dia)

(O nosso convidado de honra posando para a câmara, com o Penedo Durão e o Assomadouro lá ao fundo)


(Na "Savana" de Cima Coa - Entre Mata de Lobos e Escalhão)


(No alto da Sapinha)

(Foto do grupo - Alto da Sapinha, Escalhão)


(Zona ribeirinha, em Barca de Alva)


(A melhor azeitona do mundo!)


(Na estrada do Candedo, junto à Ribeira do Mosteiro, em direcção à Calçada da Santana)


(Indicando a direcção a seguir)

(Na calçada do Diabo)

(Trepando pela Calçada do Diabo)


(O descanso dos guerreiros, em Poiares - Freixo Espada Cinta)


(Esta nem precisa de legenda!...)


No miradouro do Penedo Durão, com o Douro ao fundo)


(Foto de grupo - Penedo Durão)

(Panorâmica do Penedo Durão)


(Panorâmica - Assomadoro - Ao fundo o Douro e Barca de Alva)


(Panorâmica - Desde o "Assomadoro")

(Pela Calçada de Alpajares - Poiares, Freixo Espada Cinta)


 (Picões - Escalhão)


Resumo do dia:

Distancia percorrida: 88 Km
Acumulado positivo: 2157 m
Acumulado negativo: 2188 m
Velocidade média: 14 Km/h

Gráfico de altimetria:
















Podem visualizar ou descarregar o Track do percurso aqui