Ontem tive um passeio para esquecer. O azar começou logo em casa: Durante a noite deixei o telemóvel a carregar. De manhã ao arrumar o carregador, através de acto instintivo, guardei também o telemóvel na gaveta.
Défice de atenção dirão vocês!
Sendo um dos telemóveis de apoio ao passeio imaginem o imbróglio!
Quando cheguei ao Estádio Municipal, por volta as 8,00 Horas deparei-me com a situação mais insólita que se possa imaginar: A entrega dos Dorsais estava a decorrer de forma caótica. Só com a sábia paciência do pessoal se superou a situação.
Passavam 15 minutos das 9,00 Horas quando se deu a bandeirada da partida.
Até ao topo da Marofa o pelotão foi-se alongando tal como pretendido, o que foi óptimo, já que a ideia era dispersar o pessoal de forma a evitar ajuntamentos na descida da via sacra, que era considerada uma zona de risco elevado. Mesmo assim não se evitaram algumas quedas, uma delas a deixar mazelas no amigo Marujo.
Logo após o Km 10 dou de caras com um "bttista" espanhol em apuros: Estava com um furo. Fazendo apelo ao espírito de entreajuda e de solidariedade que deve imperar nestas alturas lá desenrascamos o homem. Só que estraguei o fecho da minha bolsa de selim, que continha todo o meu material de apoio (câmara de ar, cápsulas de CO2, desmontas, alicate, etc. ...) que transferi para a mochila do Luis (chapeiro) que, entretanto, estava às costas do meu filho Pedro. Não mais me lembrei dela...
Até Penha de Águia, onde era o primeiro reabastecimento, o passeio decorreu sem qualquer contratempo. Aí fui encontrando velhos amigos com quem perdi breves minutos, pelo que a rapaziada de Figueira saiu ligeiramente à minha frente excepto o Condesso que me acompanhou.
Na Freixeda, como fazia calor, aproveitei para deixar o casaco em casa dos meus sogros, onde também ficaria a máquina fotográfica que estava num dos bolsos, pelo que fotos ...apenas as dos amigos.
Logo após o Km 20, no trilho que fazia a ligação entre a Freixeda e a estrada que liga Vale de Afonsinho a Algodres, mais um incidente: Um participante de Rio Maior partiu o quadro sua FOCUS pelo que se tornou necessário encaminha-lo para um carro de apoio. Foi ai que senti que estava sem telemóvel. Com estes contratempos o grupo de Figueira ia-se afastando ..
Nesta fase tinha por companhia o Bastos e o Condesso.
Resolvida a situação dirigi-me até Algodres, onde se fazia a separação de percursos.
A partir da separação de percursos deixei os companheiros de ocasião, que optaram pelo percurso curto (50 Km), e passei a ter por companhia quatro companheiros espanhóis, de Ciudad Rodrigo, que foram inexcediveis. Se até Almendra foi rolar a bem rolar, no final da descida que dá acesso à Quinta do Custódio um pau rebentou-me com o pneu traseiro. Sem nada para resolver a situação, valeram-me estes companheiros que demonstraram um espírito de entreajuda assinalável. Só que não deu para continuar, pois o pneu estava com um buraco de cerca de 2 cm. Como não tinha telemóvel e estava perto de Castelo Melhor fui andando nas calmas. A uns bons 100 metros da aldeia apareceu no meu encalce o jeep dos bombeiros com, imagine-se, seis ... bombeiros.
Esta situação deixou-me enfurecido (para não dizer outra coisa), pois o que tinha ficado previamente combinado com o comando era que a referida viatura deslocar-se-ia apenas com o motorista e um ajudante, de forma a permitir o transporte de eventuais bicicletas avariadas ou outras situações como quedas que inviabilizassem o prosseguir dos participantes.
Nós passeámos de bicicleta, os bombeiros passearam o Jeep!...
Não se julgue que estas insólitas situações acontecem apenas connosco. Já vi disto em passeios mais conceituados.
Uma vez em Castelo Melhor, telefonei à Cristina, que partilha a casa comigo já lá vão 20 anos, e que nestas situações funciona como uma espécie de assistência avançada.
Aqui lhe deixo as minhas rendidas homenagens!...
Aqui lhe deixo as minhas rendidas homenagens!...
Junto ao cruzamento de Castelo Melhor, na E.N. 332, mais um insólito: Enquanto esperava pelo "carro de assistência" vejo um ciclista que se deslocava na sua montada pela dita E.N., no sentido Almendra/Foz Coa e que me deixou deveras curioso. Se tivesse dorsal certamente que seria um dos "nossos", se não tivesse seguiria o seu caminho. Qual não é o meu espanto quando reconheço o "Buli", que, sem dorsal, vinha sabe-se lá de onde ...
Ele há coisas!
Teve sorte: Apanhou boleia no Jeep dos bombeiros, até onde, não faço ideia.Ele há coisas!
Aqui ficam algumas fotos que saquei "à revelia" do blog do Bastos e outras que estão disponíveis no link abaixo indicado..
(A rapaziada esperando pelos dorsais)
(Esperando pelo sinal da partida)
(Na E.N. 221)
(Em direcção à Serra da Marofa)
(Em direcção ao S. Marcos)
(O autor do blog em ... grande estilo!!!...)
(O meu "puto" mais novo em acção)
(Aproximando-se ... demasiado do "tapete")
(Palavras para quê ... o Ninja em acção)
(Os furos também fazem parte do passeio ...)
(Reabastecimento em Penha de Águia)
A dureza dos trilhos não perdoa. Que o diga este praticante de Rio Maior que viu o quadro da sua FOCUS literalmente partido. Meu bom amigo, faço votos para que a tua montada recupere o brilho de outros tempos e te faça sorrir novamente.
(Os amigos Zé e João Luís num momento de descontracção)
(O mais novo de todos os participantes. É com esta fibra que se fazem os campeões)
(Pessoal de Figueira em acção, com o meu "puto" mais velho do lado direito)
(A rapaziada num momento de descontracção, antes da descida para a estação de Castelo Melhor)
(2.º Reabastecimento, junto à desactivada estação de Castelo Melhor)
(Mais um belo momento de descontracção)
(O pessoal da Clube de Montanhismo da Guarda a chegar ao 2.º reabastecimento)
(O David consumindo as ultimas reservas...)
Video efectuado pelo "Ninja" brutal:: Aqui
Videos do pessoal de Foz Côa aqui e aqui
P.S. - Após a limpeza da bike constatei que os estragos não foram apenas no pneu e câmara, também se partiu a parte exterior da caixa do desviador traseiro. É caso para dizer que atrás dos coxos as pedras rolam ...