Estendendo-se ao longo de 135 Km até ao Douro, de que é afluente, numa
orientação sul-norte, o rio Côa tem nascente a NE da Serra da Malcata, a meio
caminho entre esta e a Serra da Gata, a uma altitude de 1175
m, no sitio do Lameirão, Fóios, concelho do Sabugal, a uns escassos 200
metros da linha de fronteira com Espanha, nas
proximidades do vértice geodésico das “Mezas”, indo desembocar na margem
esquerda do Douro, em Vila
Nova de Foz Côa..
“A Grande Rota do Vale do Côa - da Nascente à Foz é um projecto
promovido pela Associação de Desenvolvimento Territórios do Côa, no âmbito
do Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos (PROVERE) Turismo e
Património do Vale do Côa, financiado pelo Programa Operacional Regional do
Centro.
A Associação Transumância e Natureza ficou responsável pelo levantamento, limpeza, marcação e manutenção do trilho, assim como pelo Plano de Promoção da Grande Rota do Vale do Côa” (in http://www.atnatureza.org/index.php/projectos-hidder/83-gr-projecto).
A Associação Transumância e Natureza ficou responsável pelo levantamento, limpeza, marcação e manutenção do trilho, assim como pelo Plano de Promoção da Grande Rota do Vale do Côa” (in http://www.atnatureza.org/index.php/projectos-hidder/83-gr-projecto).
O percurso, marcado como GR,
estende-se por cerca de 200
Km, que ligam a nascente à foz (ou
vice-versa), atravessando limites territoriais dos municípios raianos do
Sabugal, Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo e, mais a interior, de Pinhel
e Vila Nova de Foz Côa.
Pelo 2.º ano consecutivo o
promotor organizou um passeio de BTT, que ligou a nascente à foz, em três dias.
1.º dia: Nascente do Côa –
Míuzela do Côa
2.º dia: Míuzela do Côa – Quinta
Nova (Pinhel);
3.º dia: Quinta Nova – Foz do Côa
No ano passado fiz a ligação
Quinta Nova – Foz do Côa.
Como andava com alguma curiosidade em fazer um “reconhecimento” à primeira parte do percurso aproveitei a
oportunidade inscrevendo-me no primeiro dia, de forma a poder usufruir da logística montada, que incluía a deslocação e transporte para a bicicleta até à
nascente. Isto para além de competentes reforços alimentares que nos
foram proporcionados.
Contrariamente ao que seria
espectável, neste primeiro dia apenas apareceram cerca de 25 participantes, alguns
deles repetentes.
O percurso foi, para mim, uma agradável surpresa. Mas a maior surpresa viria a senti-la na envolvente da nascente do rio
que, de todo, desconhecia e me encantou. Interessante é também a rapidez com que o rio vai crescendo e "engrossando". Em apenas escassos Km o rio deixa de ser aquele fio de água da nascente e passa a ser o rio Coa tal e qual como estou habituado a vê-lo e a senti-lo.
E, afinal, não fica assim tão longe
da minha residência …
Os primeiros Km, até aos Fóios,
apresentaram-se algo exigentes em termos técnicos. Mas depois foi desfrutar da
bicicleta e da paisagem até à Míuzela.
O trajecto desenvolve-se por
ambas as margens do rio, que vamos transpondo pelos tradicionais “passadiços”
ou pontões, que provocam sempre algum alvoroço e adrenalina na rapaziada.
Sem dúvida que estas ancestrais
passagens são a imagem de marca desta GR.
Contrariamente ao ano passado o
trilho apresentou-se sempre limpo e ciclável.
O percurso,
sempre muito próximo das margens do Côa, desenvolveu-se inteiramente dentro dos limites do
concelho do Sabugal e teve passagem por Fóios, Vale de Espinho, Quadrazais,
Malcata, Sabugal, Rapoula do Côa, Seixo do Côa, Valongo do Côa, Badamálos e Míuzela
do Côa, onde terminou.
Para além do interesse paisagístico
e do elevado potencial “bttistico” toda esta região é rica em gastronomia e é possível
“refeiçoar” em grande parte destas localidades, onde o cabrito é rei. Mas também
é possível degustar uma boa truta nos Fóios, Vale de Espinho, e Quadrazais
(especialmente aqui) ou mesmo no Sabugal.
Os mais bem preparados
fisicamente podem dividir a GRVC em duas etapas. A primeira a terminar em
Almeida e a segunda até à Foz.
Para os amantes desta actividade é,
de facto, do melhor que se pode fazer por terras lusas.
Como a rapaziada destas bandas anda um pouco arredada destas lides "bttisticas" valeu-me o "benjamim" Diogo Bento que, do alto da sua florescente juventude, me fez companhia.
E que companhia me fez este "puto"
Podem aceder à página oficial da Grande Rota do Vale do Côa aqui
Algumas imagens:
P.S. Os mais exigentes podem visualizar ou descarregar o TRACK da GR do Vale do Côa aqui.
Alerto, desde já, que se desvia em muitos pontos das marcas da GR e foi feito de forma a maximizar as potencialidades da bicicleta e do seu tripulante.
Contem, ainda, um desvio assinalado a vermelho que não foi testado.