Longe da melhor forma física e
com uns bons quilinhos a mais, registo que encarei esta “voltinha” pelo Parque
Natural da Serra da Estrela com toda a calma do mundo.
Valeram-me as redutoras para alcançar a nascente do Mondego e o quiosque do “Ti Branquinho”.
Valeram-me as redutoras para alcançar a nascente do Mondego e o quiosque do “Ti Branquinho”.
Percurso previamente idealizado
pelo Carlos Russo, que se viria a revelar algo durinho.
No final da volta o meu GPS indicava uns simpáticos 70 Km, com um acumulado de subida de 2 242 m.
No final da volta o meu GPS indicava uns simpáticos 70 Km, com um acumulado de subida de 2 242 m.
A alvorada aconteceu pelas 6,00
horas, de forma a permitir que estivéssemos em Valhelhas pelas 8,00 horas, onde
viríamos a sentir algumas dificuldades em arranjar estacionamento para as
viaturas por motivo de mercado local.
Não nos restou outra alternativa
senão recorrer a parqueamento pago. Algo estranho para uma pequena aldeia do
interior mas justificado com a forte afluência de banhistas e campistas à praia
fluvial local e que nos viria a conferir direito a um “bónus” no acesso à
dita praia no final do dia.
Algum desacerto na saída. Uns minutos perdidos com o café matinal e muitos outros
para substituir o pneu da roda traseira da bike do Luís que teimava em não
segurar o ar!
Seriam 9,20 horas quando conseguimos largar amarras!
De Valhelhas, sempre em
ascendente, alcançámos a mata do Fragusto, onde reabastecemos de água fresca,
seguindo-se passagem pelo Cabeço da Azinha, de onde se obtém larga vista
panorâmica sobre o Vale de Manteigas e surge destacada a pista artificial
de esqui do Sameiro e todo o Vale Glaciar do Zêzere. É, de facto um dos grandes
miradouros naturais da Serra, também usado como rampa de lançamento\descolagem
de parapente.
Seguindo-se passagem por trilho
paralelo ao Corredor dos Mouros, em direcção à capela de S. Lourenço, onde era
dia de romaria.
O Corredor dos Mouros fica a
dever o nome à extensa cumeada constituída por afloramentos
quartzíticos. É um dos locais mágicos da Serra por onde ainda não passei. A
rota está idealizada faltando apenas concretizá-la.
Depois da capela de S. Lourenço
entrámos na imponente mata com o mesmo nome.
Mergulhar no interior da densa
floresta de faias e castanheiros da mata de S. Lourenço, plantada no início do Séc. XX e onde
os raios do sol mal conseguem penetrar é como viajar noutra dimensão.
Na Cruz das Jugadas aproveitámos
p/ encher os cantis de água, da mais pura que a Serra tem para oferecer!
Depois foi penar até à Pousada de S. Lourenço, e dali até à nascente do Mondego, onde finalmente se verificou um intervalo para descansar as pernas e degustar
as famosas sandes da D. Judite (Ti Branquinho).
Estavam resolvidos os primeiros 35 Km do dia, na sua quase totalidade em ascendente!
Depois de bem “comidos” e melhor
hidratados encetámos o retorno a Manteigas pela Carvalheira. Onde a vertiginosa
descida, maioritariamente constituída por antiga calçada romana e à qual se acede saindo na direcção
do Observatório Meteorológico das Penhas Douradas, permite vista privilegiada sobre a vila.
Até ao Poço do Inferno seguimos
por asfalto. Serão cerca de 10 Km, sempre em pendente ascendente.
Algum desacerto no trilho que nos haveria de conduzir até à rampa de
lançamento de parapente de Vale de Amoreira.
Brutal e
desconcertante o singletrack que se seguiu à rampa e que nos haveria de deixar extasiados, terminando sobre a
ponte que une as duas margens do Zêzere em Vale da Amoreira.
Adrenalina da pura!
(Aqui ou amas ou detestas. Se amas, curtes e gritas de prazer. Se detestas, fazes uso de toda a linguagem vernacular que conheces e ainda insultas o gajo que te trouxe para este atalho!)
(Aqui ou amas ou detestas. Se amas, curtes e gritas de prazer. Se detestas, fazes uso de toda a linguagem vernacular que conheces e ainda insultas o gajo que te trouxe para este atalho!)
A partir de Vale da Amoreira e
até Valhelhas seguimos pela EN.
Depois de arrumado todo o
equipamento seguimos até à praia fluvial onde tomámos revigorante banho no rio e aviámos umas
meias doses de caracóis, envoltos numas “jarras” de cevada liquida.
O dia terminou em grande, na “Taberna A Laranjinha”!
São dias como este que
eternamente me prendem à bicicleta!
Vêm-se notando algum empenho por parte das autarquias locais, especialmente dos municípios, na criação de percursos, sejam PR ou GR, como forma de divulgação e promoção dos seus territórios. E o de Manteigas não é excepção. Oferece uma série de percursos e possui até um centro de BTT, mas depois são incapazes de potenciar a sua utilização. O Centro de BTT de Manteigas está encerrado e os trilhos denotam desleixo e ausência de manutenção. Investem-se milhares de euros nestas infraestruturas, que se deixam depois ao abandono.
Confesso que tenho alguma dificuldade em entender estes "gestores" públicos!
P.S. E não é que desta vez foi mesmo a Carina que nos serviu as "sandochas"!
Gráfico de altimetria (já depois de editado):
Podem visualizar ou descarregar o TRACK aqui
Algumas imagens:
Podem visualizar ou descarregar o TRACK aqui
Algumas imagens:
(Valhelhas - pormenor da torre sineira)
(Mata de S. Lourenço)
(Manteigas - Panorâmica)
(Vale Glaciar do Zêzere)
(Nascente do Mondego)
(A sandocha da D. Judite)
(Poço do Inferno)
(Rampa de lançamento de parapente de Vale de Amoreira)