Lembro-me perfeitamente da 1.ª vez que visitámos a antiga estação de Castelo Melhor.
Tudo parecia único.
O casario, a ponte ferroviária sobre a foz da Ribeira de Aguiar e, do outro lado, a Quinta da Ferreirinha.
Da antiga calçada pouco resta. Sobra tudo o resto e os vinhedos que, entretanto, vimos nascer e que vieram acrescentar imponência à paisagem.
Desde então as “visitas” passaram a ser "normais" e "habituais".
O rio Douro, em perfeita e harmoniosa comunhão com a natureza, qual local mágico, que não se encontra todos os dias, que passámos a considerar "normal".
Porque a magia está nos gritos do prazer, na adrenalina sentida, nos sustos inconsequentes, na caminhada sobre a ponte, nas laranjas da quinta e, por que não, no esforço da longa e persistente subida que nos atormentará, nuns extenuantes 15 Km, pelo menos, até aos Picões.
Nunca voltes a onde foste feliz. Porque a felicidade é bela, mas mutante. E vai-se a ver, muda e cresce connosco.
(Quinta do Custódio - foto de arquivo)
(Castelo Melhor - foto de arquivo)
(Junto ao Douro a foz da Ribeira de Aguiar e Quinta da Granja. Em primeiro plano os socalcos dos novos vinhedos)
(Ponte medieval, sobre a Ribeira de Aguiar - Escalhão)